Pacotão da F-1: do milagre de Alonso ao show de Bruno Senna

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Alonso comemorando

Aconteceu o imaginável e o inimaginável no GP da Malásia deste domingo. A segunda prova da temporada 2012 da Fórmula 1 teve chuva forte, bandeira vermelha, 50 minutos de paralisação, batidas, rodadas, show de ultrapassagens, brasileiro bem, brasileiro mal, tempero mexicano e… uma improvável vitória do espanhol Fernando Alonso, com o desacreditado carro da Ferrari. Confira, no "Pacotão da F-1", os destaques positivos e negativos da inusitada prova no circuito de Sepang.

Os pilotos têm agora um intervalo de três semanas e voltam à pista para o GP da China, no dia 15 de abril, em Xangai, com transmissão ao vivo do treino classificatório e da corrida pela TV Globo e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM (o SporTV mostra os treinos livres).

Alonso conseguiu o que parecia impossível e mostrou que não é à toa que detém dois títulos mundiais. Ele levou o carro da Ferrari, bombardeado por críticas neste início de ano, a uma inacreditável vitória em Sepang. O próprio Alonso não acreditava em um primeiro lugar, tanto que, satisfeito com a quinta colocação até a paralisação pela forte chuva na nona volta, chegou a sugerir o encerramento da prova. Após a relargada, o espanhol guiou com brilhantismo na pista molhada, imprimindo uma sequência de ótimas voltas e deixando os adversários para trás. Na pista seca, encontrou um bom ritmo com o instável carro vermelho, segurou a pressão de Sergio Pérez, da Sauber, e cruzou a linha de chegada em primeiro, assumindo a liderança do campeonato.

Enquanto via o companheiro de Ferrari fazer milagre na liderança da prova, Felipe Massa tinha mais um daqueles fins de semana para esquecer. O brasileiro começou bem a prova e chegou a estar na sexta posição durante a chuva. Mas conforme a pista foi secando, seu ritmo caiu drasticamente. Massa foi ficando para trás, deu uma escapada de pista na volta 26 e terminou a prova na modesta 15ª posição, pouco para quem busca dar a volta por cima na categoria.

A prova malaia contou com um tempero mexicano. Com escolhas acertadas de estratégia e uma exibição quase perfeita, Sergio Pérez surpreendeu e por pouco não fez história. Após uma sequência alucinante de melhores voltas na parte final da prova, o jovem piloto de 22 anos colou na Ferrari de Fernando Alonso. Com ritmo melhor que o espanhol, teve a chance de conseguir a primeira vitória mexicana desde Pedro Rodriguez em 1970, a primeira da equipe Sauber. Mas, a seis voltas do fim, Pérez errou a freada na curva 14 e viu Alonso abrir vantagem novamente e seguir para receber a bandeira quadriculada em primeiro.

Bruno Senna teve um domingo para guardar na memória. O brasileiro rodou na primeira volta, caiu para último e fez quatro pit stops, mas, com um show de ultrapassagens, cruzou a linha de chegada na sexta posição. O piloto da Williams passou Kobayashi, da Sauber; recuperou a posição de Ricciardo, da STR; superou o compatriota Felipe Massa, da Ferrari; deixou para trás a Mercedes de Schumacher; e tirou a diferença da Force India de Paul di Resta para assumir o sétimo lugar. No fim, ainda se beneficiou do pneu furado da RBR de Vettel para subir para sexto. Uma corrida de recuperação que deixaria o tio Ayrton, especialista nesse tipo de prova, orgulhoso.

O vencedor da prova de abertura da temporada na Austrália decepcionou em Sepang. Jenson Button fez o que não costuma fazer: precipitar-se. Conhecido pelo estilo técnico e de poucos erros, o campeão mundial de 2009 vacilou e danificou a asa dianteira da McLaren ao tentar ultrapassar Narain Karthikeyan, da HRT. A barbeiragem rendeu a Button a 14ª posição na prova e o nosso troféu Nakajima!

Fonte: Globo.com

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