‘Rafael da Mancha’ é condenado a mais de 19 anos de prisão
Foi condenado a mais de 19 anos de prisão, Rafael Lins Bulhões, 20, o “Rafael da Mancha”, pelo assassinato do porteiro Jadilson Ângelo Pinto, 44, ocorrido em agosto do ano passado, na Escola Rosalvo Lôbo, na Jatiúca. Rafael também foi condenado por lesão corporal, já que os disparos efetuados por ele atingiram também uma aluna da escola.
O julgamento de Bulhões, que é réu confesso do assassinato, ocorreu no auditório da Faculdade de Direito do Cesmac e foi presidido pelo juiz Maurício Brêda; A sentença do tribunal do júri foi proferida no final da tarde desta quinta-feira, 17.
Munidos de faixas e cartazes onde exigiam justiça, familiares das vítimas, alunos, professores e funcionários da Escola Rosalvo Lôbo lotaram o auditório da Faculdade de Direito para acompanhar o julgamento.
O assistente de acusação Diógenes Tenório Junior disse que não havia dúvidas da responsabilidade do réu no crime, mesmo ele afirmando que o alvo era um desafeto identificado como Fábio, que seria do Comando Vermelho, facção rival à Mancha Azul, ao qual Rafael pertenceria. Segundo Tenório, Rafael confessou que tinha a intenção de matar uma pessoa, o que representa agravamento do crime, que tem motivo fútil.
Já o advogado de defesa, Carlos Uchôa, desmentindo o que o cliente havia dito em depoimento, afirmou que ele não participava de torcida organizada e que estava sendo perseguido e ameaçado por Fábio, o que o ‘obrigou’ a andar com revólver para se ‘defender’.
O crime
Rafael invadiu a Escola Rosalvo Lôbo, localizada no bairro da Jatiúca, no dia 15 de agosto de 2011, em perseguição a um desafeto, identificado como Fábio. Durante a perseguição, ele efetuou vários disparos e atingiu o porteiro Janilson Pinto, que morreu no dia 1º de setembro. Uma aluna também foi ferida.
Quatro dias após o crime, Rafael se entregou à polícia confirmando ter efetuado os disparos e atribuindo a briga à disputa entre membros de torcidas organizadas.
