Médicos aderem à paralisação nacional e suspendem atividades

Somente serviços essenciais serão realizados no HU.

Aderindo ao movimento nacional, os médicos servidores públicos federais paralisaram suas atividades no início da manhã desta terça-feira, dia 12, em protesto à Medida Provisória (MP) n° 568 que trata da remuneração e da jornada de trabalho de profissionais da saúde. Em Alagoas, o atendimento no Hospital Universitário (HU) está suspenso. Somente os serviços essenciais estão sendo realizados pela equipe médica.

A MP, que aguarda votação da Comissão Mista do Congresso Nacional, prevê que os médicos que ingressarem na carreira deverão cumprir uma carga horária de 40h semanais pelo mesmo valor dos médicos que já atuam e que cumprem uma carga horária de 20h/semana.

Segundo o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, “a medida como um enorme retrocesso em um País já tão castigado pela carência do Sistema Único de Saúde SUS e pela desvalorização dos profissionais de medicina”.

O representante da categoria em Alagoas, o médico Wellington Galvão, confirmou ao Alagoas24horas que somente setores como UTI, hemodiálise e maternidade estão funcionando no HU. Galvão disse ainda que médicos públicos federais lotados no PAM Salgadinho também suspenderam o atendimento. Cerca de 300 médicos em Alagoas aderiram ao movimento. “Consultas ambulatoriais e cirurgias eletivas estão suspensas. Somente os serviços essenciais estão sendo realizados”, relatou Galvão.

Ainda de acordo com Galvão, os médicos exigem que a MP seja retirada de pauta no Congresso Nacional, do contrário a greve não tem data para o fim.

A Fenam, por meio de seu presidente, divulgou nota sobre o assunto: "As entidades médicas compreendem que a MP traz a determinados setores do funcionalismo avanços importantes, que devem ser mantidos e até ampliados. Entretanto, particularmente nos artigos 42 e 47, prejudica os atuais e futuros servidores médicos, dobrando jornadas sem acréscimo de vencimentos, reduzindo a remuneração em até metade e cortando valores de insalubridade e periculosidade. As perdas atingem, inclusive, aposentados (e pensionistas), que tanto já se dedicaram ao serviço público, enfrentando baixos salários e condições de trabalho adversas".

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