Impasse: rodoviários não decidem pelo retorno das atividades

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Os rodoviários de Maceió não definiram pela retorno às atividades durante a assembleia realizada na manhã de hoje, na porta do TRT. A greve já dura três dias e afeta 100% do transporte coletivo urbano da capital. Representantes dos rodoviários participaram na manhã de hoje da última audiência de conciliação, antes do dissídio coletivo, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A sessão foi presidida pelo desembargador Severino Rodrigues, que comanda a corte trabalhista.

Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes no estado de Alagoas (Sinttro/AL), Sandro Régis, os rodoviários aceitaram a proposta do presidente do TRT de votar o dissídio no próximo dia 30 deste mês. “O julgamento do dissídio costuma durar entre 30 e 45 dias, mas o dr. Severino propôs que o julgamento seja antecipado para a quinta-feira, no dia 30, e em contrapartida a categoria voltaria a funcionar com 80% da frota até esta data”, relatou Régis.

A preocupação do Sindicato agora é negociar a multa diária de R$ 50 mil estipulada pela justiça. “Como ocorreram duas paralisações anteriores e mais estas três dos últimos dias, a dívida chega ao valor de R$ 250 mil” confirma Régis que diz que o setor jurídico do sindicato deve solicitar o embargado da multa.

Além dos representantes do sindicato e dos empresários, a promotora Fernanda Moreira também participa da sessão representando a população. Moreira falou em ‘operação de guerra’ em referência aos problemas que enfrentou para chegar à sessão por conta do atraso de seus funcionários e também defendeu que alguém ‘pague’ pelos prejuízos sofridos pela população, porém, sem apontar nomes.

A proposta dos empresários sugere o pagamento de 5% de abono em agosto, até que se vote o dissídio e o não desconto dos dias não trabalhados. Além disso, o advogado dos trabalhadores, Ricardo Coelho, disse haver ‘remédio jurídico’ para a multa. Segundo ele, no final da sessão a defesa fará um pedido de embargo de multa.

Após a sessão, os trabalhadores ligados ao setor realizaram uma assembleia na porta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e não chegaram a uma definição sobre o término da paralisação. Mais uma vez, a categoria se mostrou dividida e parte dos trabalhadores só aceitam voltar às atividades após a votação do dissídio, que foi antecipada para o dia 30.

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