Pacientes reclamam da falta de medicamentos
Diversos transplantados procuraram o Alagoas24Horas para reclamarem da falta de um medicamento específico na Farmácia de Medicamentos Excepcionais do Governo do Estado de Alagoas, a Farmex. O detalhe é que o medicamento é de suma importância para quem passou pelas cirurgias de transplante, pois é um dos mais potentes imunossupressores disponíveis, cujo um dos objetivos é prevenir a rejeição.
Trata-se do Prograf (Tacrolimus). De acordo com os transplantados, é obrigação do Governo do Estado fornecer o medicamento, que é de alto custo. “O medicamente é caro, mas não pode ser encontrado em farmácias. Ele é distribuído pelo Estado. Mesmo os transplantados que possuem dinheiro e que quiserem comprar não vão conseguir. Eu digo isso porque nunca consegui”, disse um dos pacientes.
De acordo com ele, o medicamento é utilizado durante toda a vida. “Ele é um imunossupressor que tem uma função importantíssima. Ele faz com que o organismo não reconheça o órgão como um corpo estranho”, explicou.
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria do Estado da Saúde para obter uma explicação sobre a ausência do medicamento na Farmácia. A assessoria informou que estava verificando a situação para se pronunciar a respeito.
Entrega
Por meio da assessoria de Comunicação, a Farmex explicou que a entrega do medicamento Tacrolimus, destinado aos transplantados renais, será efetuada nesta sexta-feira (12) para os pacientes que não compareceram à Farmácia de Medicamentos Excepcionais (Farmex) no último dia 2. Isso porque, de acordo com a direção do órgão, há um cronograma de distribuição já informado para os 13.500 usuários e que deve ser cumprido para otimizar o processo de entrega, além de garantir que o paciente não fique sem o medicamento.
Como alguns pacientes não seguem o cronograma pré-estabelecido, há outra data especificada no mês para que eles possam comparecer à Farmex. “Por dia, atendemos cerca de 30 a 40 casos novos de pessoas que necessitam dos medicamentos de alto custo e, por isso, montamos um cronograma de distribuição, que deve ser seguido à risca pelos pacientes, já que todos têm conhecimento dele e são previamente informados”, garantiu o diretor de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Fábio Pacheco.
“As filas que existiam para entrega dos medicamentos são coisas do passado. Para facilitar o atendimento foi criado um agendamento por patologias, o que tem facilitado à vida dos usuários”, ressaltou Fábio Pacheco, acrescentando que para os que residem no interior e tinham despesas com deslocamento, 26 municípios já estão encaminhando um farmacêutico para apresentar os documentos necessários e levar o medicamento para o usuário. O processo será estendido para as demais cidades.
(Atualizada às 14h20)
