Se os atacantes do Internacional errarem chutes ao gol, não será por falta de treinamentos. Neste sábado, os jogadores repetiram o fundamento por cerca de meia hora na antepenúltima atividade da equipe antes da semifinal do Mundial de Clubes, terça-feira, contra o Mazembe, em Abu Dhabi.
Com o técnico Celso Roth de garçom, D’Alessandro, Alecsandro, Rafael Sobis e reservas ofensivos, como o talismã Giuliano, calibraram o pé em diferentes posições e situações de jogo. Com a bola quicando, parada, de direita, esquerda, de primeira…
O aproveitamento não foi dos melhores. Talvez pelas pernas já cansadas depois de um treino de meia-pressão, os atacantes chutaram fraco muitas vezes. Em outras, colocaram a bola muita acima do gol. D’Alessandro mostrou o melhor aproveitamento, inclusive com gols de cobertura.
Apesar do cansaço evidente na expressão dos jogadores, Celso Roth manteve a exigência. Alternando gritos de incentivo, gestos de desaprovação e aplausos e expressões de satisfação, o treinador comandou a atividade com energia, item que tem sobrado na preparação colorada.
Nos três treinos que comandou até o momento em Abu Dhabi, Roth não deu moleza para os jogadores. Perfeccionista, o treinador para as jogadas, orienta, grita e dá bronca. Tudo por causa da preocupação com a partida de estreia.
"Se não tivermos humildade, podemos ter um risco grande. Se tivermos a consciência das variáveis que um jogo pode ter, a lição está aprendida. Hoje o nível está muito alto, e saber disso é o primeiro passo para encaminhar a vaga para a final", disse em sua primeira entrevista desde que chegou em Abu Dhabi.
