Pais denunciam que filho teve a língua cortada em creche

Um menino de dois anos teve a língua perfurada na creche municipal Normília Cunha dos Santos, que fica no bairro Terra Vermelha, em Vila Velha, Grande Vitória (ES). A denúncia é da mãe da criança, a dona de casa Viviane Cabral. "Ele me contou que a professora colocou uma faca na boca dele e que disse que ia cortá-lo, mas ele ficou com medo de me afirmar que a professora realmente chegou a machucá-lo", disse Viviane.

Um laudo do Departamento Médico Legal (DML) comprovou que o menino foi ferido com um objeto cortante. Os pais disseram que a criança está traumatizada, não quer falar sobre o assunto e tem dificuldade para se alimentar.

"Não foi a primeira vez que ele chegou em casa machucado. Meu filho vinha com a língua ferida e não queria se alimentar, mas dizia que a comida na creche era quente demais. Não percebi que ele havia sido agredido dessa forma. Quando perguntei na escola, eles me disseram ‘o seu filho machucou, caiu da cadeira quando estava brincando’. Olhei o rostinho dele e estava tudo bem e acreditei que fosse coisa de criança", falou João Cabral, pai do menino.

A Polícia Civil intimou a coordenadora da Unidade Infantil a prestar esclarecimentos. "O corte na língua dessa criança é profundo. O laudo confirma a lesão e eu entendo essa agressão como um crime de tortura", disse o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Marcelo Nolasco.

A Secretaria de Educação de Vila Velha informou que vai apurar a denúncia junto à direção da creche e disse que a professora denunciada foi afastada. Se a violência for comprovada, ela terá o contrato rescindido.

Ninguém fala sobre o assunto na escola. Nesta sexta-feira, a unidade estava fechada. Um aviso colado no portão informava que os profissionais participavam de um seminário infantil. Outra mãe foi hoje à DPCA fazer mais denúncias contra a mesma professora.

"Meu filho me contou que ela constantemente batia nele. Ele disse que ela dava muitos tapas no banheiro da creche. Eu acho uma barbaridade. A professora foi dar banho nele, eu cheguei um pouco mais cedo e ela estava batendo nele. Eu vi, peguei no flagrante. Ele estava de ponta cabeça, na água fria. Eu cheguei e ela estava dando tapas nele", disse a dona de casa Patrícia de Oliveira Natal.

Fonte: Terra

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