Carnaval: Estado distribuirá 7,8 milhões de preservativos

AssessoriaCaixas de preservativos que serão distribuídos

Caixas de preservativos que serão distribuídos

Com a aproximação do Carnaval a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) deu início esta semana, às ações para prevenção das DST’s, dentre as quais, a AIDS, intensificando o trabalho integrado com os municípios, desenvolvido no decorrer do ano, além da distribuição de preservativos e gel lubrificante. A campanha deste ano tem como tema “Não usou camisinha, faça o teste da AIDS” e é voltada, especialmente, para as mulheres na faixa etária entre 15 e 24 anos. Para o secretário da Saúde, Alexandre Toledo “o ideal é que as pessoas possam brincar o Carnaval com segurança e protegidas” lembrou.

Para a campanha, a Sesau irá garantir a distribuição de 7,8 milhões de preservativos. Além dos preservativos, serão repassados aos 102 municípios alagoanos 127.800 unidades de gel lubrificante, além de folhetos educativos. A distribuição já foi iniciada e será finalizada antes do início do Carnaval.

Neste Carnaval, as mulheres são lembradas de uma forma mais especial, porque a Festa de Momo termina no mesmo dia em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e é justamente entre as mulheres de 15 a 24 anos que os casos de AIDS têm crescido com maior frequência, de acordo com o Ministério da Saúde.

A coordenadora do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/AIDS) da Sesau, Fátima Rodrigues, afirmou que os municípios que sentirem a necessidade de receber mais camisinhas, gel lubrificante e folhetos explicativos, mas ainda não entraram em contato com a secretaria, que ainda dá tempo de solicitar.

Segundo Fátima Rodrigues, basta procurar a Secretaria de Saúde pelos telefones 3315-1662, 3315-1038 ou 8883-1482 e fazer a solicitação. “O responsável pela secretaria municipal de Saúde telefona para a gente, faz a devida identificação, marca o dia que vem pegar as camisinhas conosco e no próprio dia da entrega nos traz o ofício como forma de oficializar o pedido. Nenhum município que requerer mais preservativos do que normalmente já recebe ficará sem a quantidade necessária de camisinha”, assegurou.

Fátima Rodrigues afirmou que a Sesau, nas prévias e no Carnaval propriamente dito, implementa as ações na luta contra a AIDS e outras DSTs, no sentido de despertar cada vez mais na população atitudes de valorização à vida, orientando quanto ao uso de preservativo nas relações sexuais e os cuidados inerentes à situação de vulnerabilidade. Por isso, durante o período carnavalesco é acrescida uma cota extra de mais 50% da demanda, para os municípios que não têm tradição de Carnaval, e 100% para os que estão localizados no litoral, e/ou apresentam uma programação com blocos e outras atividades carnavalescas”, explicou.

A coordenadora do Programa Estadual de DST/AIDS, da Sesau, Fátima Rodrigues, fez um alerta às mulheres que deixam de usar preservativos por confiarem em seus parceiros. “O uso da camisinha é fundamental para garantir a saúde de ambos os parceiros, mas é, justamente, entre as mulheres jovens e em idade fértil que a doença está avançando. Nos últimos anos, segundo o Ministério da Saúde, esse grupo foi o mais infectado”, frisou.

Ela também lembrou que a luta de prevenção contra a AIDS passa por questões culturais. De acordo com ela, as mulheres não têm o hábito ou mesmo tem receio de exigir do parceiro o uso de camisinha durante as relações sexuais. E, infelizmente, quanto maior o tempo de relacionamento entre ambos, menos a mulher cobra o preservativo. E a mulher é traída justamente por essa confiança. Sabemos que o assunto é polêmico, por isso, a Sesau defende o uso de preservativo sempre. O próprio Ministério da Saúde está com uma campanha que diz que se um dos parceiros tiver relacionamento extraconjugal que use camisinha. “Nunca é demais dizer que quem vê cara, não vê AIDS”, salientou.

Em último caso, a coordenadora estadual do programa DST/AIDS do Estado, diz que o diagnóstico precoce é fundamental. Segundo ela, quem achar que fez besteira, ou seja, teve relação sexual sem o uso de preservativo, pode esperar 30 dias após a relação e fazer o exame para detectar se houve ou a infecção pelo vírus HIV. “Evidente que o diagnóstico precoce não é a solução para o problema, mas, certamente, irá garantir mais qualidade de vida à pessoa que, eventualmente, tenha sido infectada pelo vírus”, ensinou.

Em Alagoas, desde 1986, quando foi registrado o primeiro caso da doença no Estado, já são contabilizados 3.842 casos de AIDS, de acordo com estatísticas do Ministério da Saúde.

Os municípios de Arapiraca, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Cajueiro, Coruripe, Delmiro Gouveia, Japaratinga, Jequiá da Praia, Junqueiro, Limoeiro de Anadia, Maragogi, Marechal Deodoro, Murici, Novo Lino, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Paripueira, Penedo, Piaçabuçu, Pilar, Piranhas, Porto Calvo, Porto de Pedras, Porto Real do Colégio, Rio Largo, Roteiro, Santa Luzia do Norte, Santana do Ipanema, São José da Lage, São Luiz do Quitunde, São Miguel dos Campos, São Miguel dos Milagres, São Sebastião, Teotônio Vilela, Traipu, União dos Palmares e Viçosa, que, tradicionalmente, têm um Carnaval mais agitado e com um número de foliões que cresce a cada ano, procuraram a Sesau solicitando mais camisinhas e terão a quantidade dobrada de caixas de preservativos que já recebem normalmente.

Fonte: Agência Alagoas/Valdete Calheiros

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