Alimentos funcionais aliviam sintomas da menopausa

SesauAna Cristina Quixabeira - nutricionista do HGE

Ana Cristina Quixabeira – nutricionista do HGE

Reconhecimento profissional e independência financeira estão entre as principais conquistas que as mulheres têm para comemorar nesta semana da mulher. Para garantir o bem estar físico e mental, elas apostam cada vez mais em exercícios físicos, tratamentos estéticos e alimentação saudável. Esta última ganha o reforço de pesquisas científicas que sugerem a melhoria da qualidade de vida com o consumo dos chamados alimentos funcionais. A dica é da nutricionista, Ana Cristina Quixabeira, que coordena curso de nutrição e atua no Hospital Geral.

Durante o período menstrual e na menopausa, alguns alimentos são recomendados por especialistas para diminuir sintomas desagradáveis e repor nutrientes. É o caso, por exemplo, da isoflavona, composto orgânico encontrado em abundância na soja e seus derivados.

“Estudos têm demonstrado que o consumo da soja diminui as ondas de calor típico da menopausa, propiciando um equilíbrio hormonal”, informou Ana Cristina Quixabeira, nutricionista clínica do Hospital Geral do Estado (HGE) e coordenadora do curso de nutrição de uma faculdade particular de Maceió.

A mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos explicou que na menopausa é indicado o maior consumo de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, como laticínios magros, verduras escuras e leguminosas. “Já durante o período menstrual, alguns alimentos ricos em ferro são recomendados para ajudar a repor a perda de sangue, como por exemplo, carne vermelha, fígado e alguns frutos do mar”, explicou.

De acordo com ela, o consumo de cereais integrais e carboidratos colaboram no combate ao desejo de consumir doces durante a menstruação, principalmente chocolate. “Deve-se ainda evitar alimentos muito salgados que propiciam maior retenção hídrica e distensão abdominal”, lembrou.

São considerados funcionais qualquer alimento, natural ou preparado, que contenham uma ou mais substâncias classificadas como nutriente ou não, capazes de atuar no metabolismo e na fisiologia humana, promovendo efeitos benéficos para a saúde. Tais alimentos podem retardar o estabelecimento de doenças crônico-degenerativas e melhorar a qualidade e expectativa de vida das pessoas.

Para os desavisados que acreditam ser recente a ideia de que a natureza produz alimentos com funções curativas e de promoção à saúde, Quixabeira é enfática. “Há 2.500 anos Hipócrates já proclamava ‘Seja o alimento seu medicamento’. Essa perspectiva de busca de mais saúde através da natureza é antiga, mas só atualmente esses alimentos têm sido referencial de alimentação saudável para a população de diversos países”.

Os alimentos considerados funcionais são inúmeros, que além dos benefícios no pré e pós-menopausa, trazem efeitos preventivos sobre diversas doenças e alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Os chás (principalmente o verde), vinhos e uvas, frutas cítricas, ameixa, maçã, pêra, mamão, brócolis, repolho roxo, cebola e tomate têm efeitos como anticarcinogênicos, antiaterogênicos e antioxidantes.

Entram na lista dos funcionais os alimentos de origem animal como ovos, leite, queijo, vísceras e alguns de origem vegetal como cenoura, manga, abóbora, milho, mamão, tomate e melancia, que agem como antioxidantes reduzindo assim os riscos de doenças cardiovasculares e cânceres.

Os peixes de água fria, as sementes de linhaça dourada e os óleos de linhaça, granola e gérmen de trigo são importantes fontes de ácidos graxos ômega 3 que oferecem como benefício o auxílio na diminuição da pressão arterial e na redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol LDL, mais conhecido como colesterol ruim.

“A ingestão de fibras com a finalidade terapêutica é bastante explorada por exercer ações sobre o aparelho digestivo. Os efeitos mais importantes são observados no diabetes mellitus, obesidade, doenças cardiovasculares e do cólon (diverticulite, constipação e câncer colo-retal). As fibras são encontradas principalmente nas cascas de frutas, cereais integrais, farelo de trigo, farelo de aveia, aveia em flocos e jiló”, destacou a nutricionista.

Fonte: Ascom/Sesau

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