Deputado Fernando Toledo
Poucas horas após o Ministério Público Estadual ter ingressado com uma Ação Civil por Improbidade Administrativa contra os parlamentares envolvidos na Operação Taturana, deflagrada em 2007, o assunto repercutiu nesta quarta-feira, 14, nos bastidores da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).
Nenhum dos deputados presentes usou a tribuna para falar sobre o assunto, mas, ao final da sessão, o deputado Fernando Toledo (PSDB), presidente da Casa, se manifestou, afirmando que o caso era uma questão da justiça e não do Poder Legislativo: “Esperamos que, se alguém participou do desvio que seja punido, independente de ser parlamentar ou não, e que os valores supostamente desviados sejam devolvidos ao erário”.
Questionado sobre o valor do desvio, estimado em R$ 300 milhões pela Polícia Federal, Toledo considerou o montante “exorbitante”. Segundo ele, no período de cinco anos investigado pela Operação Taturana, o Poder Legislativo recebeu cerca de R$ 600 milhões.
“Para ter havido esse furto teria que ter sido retirado 50% de tudo o que entrou no Poder Legislativo, o que teria inviabilizado o pagamento de várias folhas salariais, da manutenção da Casa e outros compromissos, o que não aconteceu. O número é muito forte”, afirmou.
Sempre falando em ‘suposto’ desvio, o presidente da ALE também disse que, mesmo que os parlamentares quisessem, seria impossível formar uma comissão para investigar o assunto, já que a Polícia Federal levou toda a documentação referente ao período. “Não temos mais acesso a esses documentos enquanto eles não voltarem ao acervo da Assembleia”.
Vetos
Sobre a análise dos vetos do Poder Executivo à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012, Toledo disse esperar que, até a próxima semana, a Comissão de Orçamento da Casa entregue o relatório para apreciação do plenário. Enquanto os vetos não forem votados, a pauta da Casa continua trancada e nenhum projeto pode ser apreciado.
