Manifestantes invadem Assembleia Legislativa

Danielle Silva/Alagoas24horasDaniell Silva/Alagoas24horas

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Integrantes do Movimento Social Contra a Criminalidade de Alagoas (MSCC) invadiram, na tarde desta segunda-feira, 16, a sede da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), localizado no Centro de Maceió. A ocupação é parte do ato público marcado para esta terça-feira, 17, em que o Movimento pedirá o afastamento definitivo dos deputados envolvidos no desvio de cerca de R$ 300 milhões da ALE.

Os manifestantes entraram na Assembleia de forma pacífica, mas a chegada do deputado estadual, Alberto Sextafeira, acirrou os ânimos no portão de entrada da Casa de Tavares Bastos. De acordo com o parlamentar, os manifestantes chegaram a agredi-lo na tentativa de impedir sua entrada.

"Quando soube da ocupação, vim imediatamente para casa. Então fui proibido de entrar na casa que também é minha e está sob minha responsabilidade, já que o presidente da ALE, Fernando Toledo está viajando. Quase quebram meu braço durante o ato. Não posso aceitar esse tipo de prática”, disse Sextafeira.

“Empurraram meu braço e me impediram de entrar. Não posso aceitar esse tipo de atitude de quem se diz democrático. Isso é agressão simplesmente porque invadiram a Assembleia. Não é com agressão que vão resolver o problema. Estou indignado como cidadão e como parlamentar porque disseram que tinha que negociar para entrar, nunca casa que também é minha. Irei a todas as instâncias enfrentar essas atitudes”, desabafa.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Izaac Jackson rebateu as acusações afirmando que o deputado não respeitou os piquetes realizados pelos trabalhadores, que ocorre sem destruição ao patrimônio público. "Ele não quer dialogar. Esse tipo de ato, não é o perfil dele" afirmou Jackson.

O presidente da CUT informou ainda que a ação desta tarde é um ato antecipado da manifestação desta terça-feira, 17. “Nossa manifestação ocorreria amanhã, mas ficamos sabendo da chegada da presença do Bope para impedir a entrada dos manifestantes. Amanhã haverá uma assembléia popular que servirá para eleger a nova Mesa Diretora e empossar os deputados eleitos. Além disso o povo vai votar três projetos importantes: a redução do duodécimo em 23 milhões, o PCC dos servidores e demandas da Educação e Saúde”, ressaltou.

Questionados sobre a legitimidade das ações da assembleia popular o coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Carlos Lima explicou que o ato é uma tomada do poder pelo povo. “Os movimentos estão expressando um desejo da sociedade de tirar os envolvidos nos desvios e dar posse aos deputados com mandatos. Amanhã os movimentos vão apresentar nomes que deverão ocupar os cargos e os juristas responsáveis se encarregarão de fazer os requerimentos necessários para encaminhar ao Estado. Temos propostas concretas para levar ao Governo”, explicou Carlinhos.

Cerca de 500 trabalhadores rurais do Movimento Sem Terra (MST), Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST), além de representantes de sindicatos como Urbanitários, Sindpol, Sinteal, Sinpofal e CUT, reforçam a ocupação na ALE.

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