População protesta contra instalação de minipresídio no Jacintinho

Alagoas24horas

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Motoristas que trafegam pela Avenida Juca Sampaio, no bairro do Jacintinho, foram surpreendidos por um protesto que bloqueou parcialmente a avenida. A manifestação durou aproximadamente uma hora e provocou o caos no trânsito da região.

O protesto foi organizado por estudantes da Escola Municipal Mairluce de Macedo e moradores da localidade, que estão preocupados com a instalação de um minipresídio onde funcionava a antiga Delegacia de Roubos e Furtos, onde atualmente está instalado o 9º Distrito Policial.

Segundo a comunidade escolar, comerciantes, moradores e a igreja existentes no local, a área não seria adequada para a instalação de unidade prisional, mesmo que de menor escala, e que a mesma traria insegurança ao bairro, um dos mais populosos da capital alagoana.

De acordo com o líder comunitário Aparecido Merêncio, já foram registradas fugas na carceragem do 9º Distrito em que os presos utilizaram a escola como rota de fuga. “Cinco presos fugiram das celas e pularam o muro da escola, fomos surpreendidos com a presença dos bandidos e dos policiais armados dentro da unidade de ensino tentando recapturá-los”, contou o líder.

No último dia 30, o delegado-geral adjunto de Polícia Civil, José Edson de Freitas Junior, anunciou a transferência de todos os presos que estavam na carceragem do 9º Distrito para o sistema prisional. O objetivo seria esvaziar o prédio para que fosse dado início à reforma para a construção do minipresídio – um dos quatro que serão instalados no Estado – para tentar resolver o problema de superlotação nas delegacias.

José Edson explicou, à época, que seriam construídos 14 xadrezes com capacidade para dez presos cada e que o início da obra dependia apenas da dotação orçamentária, que poderia vir por meio de um decreto do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que permitiria que a obra fosse realizada sem que houvesse licitação.

Após a chegada do Gerenciamento de Crises da Polícia Militar de Alagoas o protesto foi encerrado, mas estudantes e moradores prometeram nova manifestação, desta vez em frente ao Palácio República dos Palmares. “Não aceitaremos este minipresídio em nosso bairro”, disse o manifestante.