Processo contra Heloísa Helena rende discussões na Câmara

Uma suposta pressão externa de adversários da vereadora Heloísa Helena (PSOL) para que ela fosse cassada em função de um processo por quebra de decoro parlamentar, movido pela também vereadora Tereza Nelma (PSB), causa incômodo entre alguns dos membros da Casa de Mário Guimarães, mesmo estando no campo das “suposições”.

Heloísa Helena responde ao processo na Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Maceió. Ela inclusive já foi ouvida pela comissão, que agora requereu o áudio da sessão em que houve a discussão entre Heloísa Helena e Tereza Nelma. A vereadora do PSOL chamou a colega de “porca trapaceira e ladra de prótese de criancinhas”. Tereza Nelma cobra agilidade e justiça no decorrer do processo, que se arrasta na Câmara Municipal.

Enquanto o processo se arrasta, atrai para si polêmicas envolvendo políticos que não fazem parte do Legislativo municipal, mas – conforme informações de bastidores – estariam interessados em uma possível penalidade da vereadora Heloísa Helena, que é pré-candidata ao Senado Federal, em 2010, e lidera as pesquisas eleitorais. Se há pressão ou não, só os vereadores podem responder.

O assunto era mantido nos bastidores, até Marcelo Gouveia (PRB) – que preside a Comissão de Ética – trazê-lo à luz das discussões em plenário. O vereador negou a existência de interferências na condução do processo e foi enfático: “não sofro pressão para o relatório do processo da vereadora Heloísa Helena. Se isto acontecesse, eu diria”, frisou.

O pronunciamento de Gouveia gerou estranheza do colega de partido e também vereador Galba Novaes. De acordo com Novaes, o andamento do processo exige sigilo. Em meio à discussão, Silvio Camelo disparou cobrando agilidade na condução do processo por quebra de decoro para que ele seja votado em plenário ainda este ano. A votação sobre a situação de Heloísa Helena – na visão de Camelo – não pode ser levada para 2010, quando, ainda conforme ele, “pode ocorrer sob o calor das eleições”.

A discussão foi acompanhada de perto pelas duas partes interessadas: Heloísa Helena e Tereza Nelma. No entanto, apenas Nelma se pronunciou afirmando que “não ficou sabendo de pressão, mas quer Justiça e agilidade e vai recorrer até a última instância, se preciso for”. Heloísa Helena preferiu o silêncio.

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