Os policiais federais de Alagoas serão os únicos no país a não participarem da greve de 24 horas que a categoria deflagra nesta quarta-feira, em todo o Brasil.
A informação foi confirmada hoje pelo presidente do Sindicato dos Policias Federais de Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando. Segundo ele, Alagoas decidiu ficar de fora da manifestação nacional em protesto contra o processo de demissão do escrivão Francisco Eriberto Pinheiro, que trabalha na superintendência da PF em Maceió.
“Essa é a primeira vez que Alagoas fica de fora de uma manifestação nacional, mas não poderia ser diferente diante da perseguição que nosso colega Eriberto vem sendo vítima dentro da instituição em nosso Estado”, afirmou Venerando, que já foi presidente da Federação Nacional dos Polícias Federais (Fenapef). Segundo ele, a reivindicação é justa, mas a forma como a manifestação vem sendo articulada, com a participação de delegados, compromete muito os rumos do movimento.
Os delegados e demais policias federais decidiram paralisar as atividades da PF por 24 horas nessa quarta-feira em protesto ao descumprimento por parte do Governo Federal do acordo firmado de recomposição salarial. A data da greve de advertência coincide com o aniversário do Departamento de Polícia Federal, que completará 64 anos de criação. Participarão do ato policiais federais dos 25 estados e do Distrito Federal. Apenas Alagoas decidiu ficar de fora do protesto.
“Ficamos de fora em protesto contra a atitude dos delegado Carlos Rogério Cota (ex-superintendente da PF em Alagoas), Fernando Castro de Carlos D’Ângelo, que tramaram a demissão do escrivão Eriberto, por pura perseguição ao companheiro que tem uma ficha limpa na instituição, nunca respondeu a um processo e é muito querido pela categoria”, afirmou Venerando. Segundo ele, por conta dessa atitude, os delegados citados foram considerados “persona non grata” da categoria em Alagoas.
