Estudantes fazem ato em defesa do passe estudantil

No Dia Mundial contra o trabalho infantil, 12 de junho, estudantes com o apoio do Sindjus/AL realizaram um ato a favor do passe livre estudantil, considerando como uma condição indispensável ao acesso à educação. Os manifestantes distribuíram panfletos e adesivos aos motoristas e pedestres que passavam próximo ao CEAGB, antigo Cepa, e chamaram palavras de ordem contra o alto valor da passagem diante do complexo educacional junto aos estudantes que saíam das escolas.

O estudante de ensino médio e membro da União da Juventude Comunista, Gilnes Lima, 22, foi um dos que se apresentaram ao microfone. Ele explica que, em um país onde 57 milhões de trabalhadores passam fome, é mais do que abusivo cobrarem R$ 1,70 para o estudante se deslocar até a escola.

“O número de estudantes aqui no CEAGB vem diminuindo. Muitos pais de alunos não podem bancar a passagem do filho porque ganham pouco ou estão desempregados, e essa situação se agrava quanto maior for o número de filhos na família. O orçamento familiar não comporta o gasto mensal com ônibus”, completa o militante do movimento estudantil que já fez parte do Comitê Contra o Aumento da Passagem e pelo Passe Livre.

Quem recebia os panfletos manifestava-se a favor do ato. Leandro Pedro da Silva, estudante do 1º ano da escola Moreira e Silva, revela que possui colegas que precisam burlar as regras da Transpal para poder ir para a escola. “Eles ‘maiam’, discutem com o cobrador e, às vezes, o motorista manda descer. Fazer o que se os pais não podem pagar?”.

Em situação mais grave se encontra Fátima da Silva, 54 anos, estudante do 3º ano de Ensino Médio, mãe de uma estudante da quinta série e avó de uma aluna da primeira. “O custo da passagem é altíssimo, ainda mais porque o meu salário é pequeno. Minha filha já perdeu muitas aulas devido a atrasos do transporte e a minha neta, que deveria ter acesso gratuito, não passa de graça porque a Transpal ainda não enviou a carteirinha”, diz a Silva que mora em uma região da Avenida Rotary onde só passam dois microônibus.

Para o coordenador de Comunicação do Sindjus, Cícero Omena, o Passe Livre é um dos meios para combater o trabalho infantil. “Sem poder pagar por transporte urbano, muitos jovens acabam deixando de estudar e vão procurar trabalho” diz.

Fonte: Assessoria

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