O tombamento do sítio histórico de Angiquinho, pertencente ao município de Delmiro Gouveia, está em fase de conclusão. Na próxima terça-feira, dia 11, no Clube Vicente de Menezes, o historiador social da Fundação Joaquim Nabuco, Frederico Pernambucano de Melo, apresentará em audiência pública a justificativa do processo e esclarecer a sociedade sobre a importância da área a ser tombada.
O processo de tombamento está sendo realizado pela Secretaria Executiva de Cultura (Secult) através do Conselho Estadual de Cultura e da Coordenação do Pró-Memória. A proposta de transformar a região em área de preservação surgiu devido à riqueza e relevância do acervo cultural observado no local.
De acordo com a equipe técnica do Pró-Memória, a audiência apresentará as características históricas e culturais de Angiquinho, bem como a necessidade de se resgatar a memória de seu fundador Delmiro Gouveia. “Quando se fala em tombamento, sempre vem em mente a questão do bem edificado. No caso de Angiquinho envolve também o patrimônio imaterial, que é o valor da paisagem e a questão intrínseca à memória da visão empreendedora de Delmiro Gouveia”, esclarece Adriana Guimarães, coordenadora do Pró-Memória.
Após a publicação do decreto de tombamento será elaborado pelas instituições envolvidas um plano de gestão. Nesta fase, ações de abordagem educacional, de fiscalização e de criação de uma estrutura turística sem prejuízos ao patrimônio natural e edificado serão definidas para posterior implantação.
Participam do processo a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), o Instituto do Meio Ambiente (IMA), o Instituto Xingo, a Universidade federal de Alagoas (UFAL), a Secretaria Executiva de Turismo (SETUR), a Secretaria Regional do Sertão, a Prefeitura Municipal de Delmiro Gouveia, a Fundação Municipal Delmiro Gouveia, a Fábrica de Pedras e a Rédio AM Delmiro Gouveia.
