AL pode ficar de fora da greve da PF

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando, disse ontem que não acredita na paralisação de 24 horas que a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) está preparando para a próxima quarta–feira (21), em todo o País. Segundo Venerando, mesmo que a paralisação de advertência ocorra, Alagoas poderá ficar de fora do protesto.

"No dia 31 de maio, em assembléia geral extraordinária, os policiais federais de Alagoas votaram, sem sua grande maioria, contra essa greve. Portanto, duvido muito que a categoria paralise as atividades na próxima quarta–feira", afirmou Venerando. No entanto, o sindicalista deixou claro que a decisão de não participar do protesto pode ser revista pela categoria.

"No início da próxima semana, vamos ouvir os companheiros da base e se houver necessidade realizaremos uma nova assembléia geral para discutir a questão", ponderou Venerando, acrescentando que a greve pode ser prejudicada caso o governo federal decida editar uma Medida Provisória concedendo reajuste salarial para a categoria. "Há uma expectativa nesse sentido, com relação ao reajuste salarial para os servidores da Polícia Federal e outras categorias, a exemplo dos funcionários da Receita Federal, da Advocacia Geral da União e da Polícia Rodoviária Federal", afirmou Venerando, que já foi presidente da Fenapef.

Mobilização
Segundo o sindicalista alagoano, a mobilização ainda não atingiu todo o Brasil, por isso, além de Alagoas outros Estados poderão ficar de fora da greve de advertência, que a Fenapef ameaça promover na próxima quarta–feira. A Federação protesta contra a demora do governo federal na implementação de acordos firmados com os policiais.

Em nota, o Grupo de Entidades Representativas das Categorias do Departamento de Polícia Federal (Gerc) afirma que, em apoio ao ministro da Justiça e ao diretor–geral da PF e em razão da demora na implementação do compromisso firmado pelo governo federal em fevereiro deste ano, a categoria decidiu paralisar as atividades a partir das 8 horas da próxima quarta–feira. A nota foi assinada por sete entidades que representam delegados, peritos e demais servidores da PF.

De acordo com o Gerc, nos últimos cinco anos, as outras categorias do Serviço Público Federal tiveram reajustes substanciais, e para os servidores do Departamento da Polícia Federal foi destinada, no mesmo período, recomposição que não alcançou os índices inflacionários. "A recomposição salarial é crucial para o restabelecimento da dignidade dos servidores da Polícia Federal, haja vista a imensa diferença salarial atualmente entre o DPF e as demais categorias que compõem o sistema criminal da União".

A última greve promovida pela categoria ocorreu em 2004 e durou mais de dois meses, com uma grande participação dos policiais federais de Alagoas. Em acordo firmado com o governo federal, a PF conseguiu, naquela oportunidade, um reajuste salarial de 17%.

Com informações de Agência Brasil

Fonte: Tribuna de Alagoas

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