Derrota de Lyra suspende carreira política de Celso Luiz

A derrota do candidato João Lyra (PTB) ao governo de Alagoas causou, ainda, pelo menos que temporariamente, uma pausa na carreira política do deputado estadual Celso Luiz (PMN).

Presidente da Assembléia Legislativa pela segunda vez e no terceiro mandato como deputado, Celso foi candidato a vice-governador na chapa de Lyra. Como precaução e para não ficar sem poder político lançou a candidatura da sua esposa, Cláudia Brandão, a deputada estadual pelo PMN.

A estratégia deu certo, e Cláudia foi a primeira colocada na lista dos deputados eleitos para o Legislativo alagoano. No total, a esposa de Celso obteve 48.904 votos puxando a relação dos deputados eleitos por sua coligação formada por PMN, PFL, PTB, PP e PV.

A coligação elegeu 15 deputados estaduais, sendo que 11 deles foram reeleitos e apenas quatro vão para o primeiro mandato. Se ela vai ter forte influência na futura composição da Assembléia Legislativa ninguém sabe ao certo.

Aliado de Ronaldo Lessa (PDT) desde que ele foi eleito governador de Alagoas em 1998, Celso se afastou do grupo governista em dezembro de 2005, quando perdeu o controle do Detran, por razões que não ficaram devidamente explicadas.

Mesmo assim garantia que daria apoio a Lessa na luta pela única cadeira de senador que estaria em disputa na eleição do dia 1º. Em seguida, ele aceitou o convite para ser o candidato a vice na chapa de João Lyra e levou todo seu grupo para apoiar o petebista.

Se esse apoio iria se traduzir em votos só o tempo pode dizer, mas os resultados das urnas mostraram que a força política do presidente da Assembléia, principalmente no sertão alagoano, já não é tão grande.

O exemplo maior foram as derrotas que João Lyra sofreu nos três principais municípios que formam a base política de Celso Luiz, que são Inhapi, Canapi e Mata Grande. Nas três cidades, Lyra perdeu por uma grande margem de votos para Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Em Inhapi, onde Celso foi prefeito, o resultado foi o seguinte: Teotonio Vilela com 3.120 votos (45,06%) e João Lyra com 2.832 votos (40,90%). Em Canapi, outra derrota: Téo Vilela obteve 3.976 votos (53,53%) e Lyra obteve um total de 2.872 votos (38,67%). Um detalhe, a mãe de Celso Luiz, Rita Brandão foi prefeita da cidade e elegeu o sucessor em 2004. Já em Mata Grande, Téo Vilela obteve 4.952 votos (50,67%) e João Lyra ficou com 3.972 votos (40,64%).

Apontado como o “rei da política no sertão”, Celso Luiz fica com mandato até 31 de janeiro de 2007 e sai da eleição chamuscado pela derrota sofrida nas urnas em 1º de outubro, mas o certo é que a partir daí deve prestar orientação política a sua esposa que assume o mandato de deputada estadual em 1º de fevereiro do mesmo ano.

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