A sina de violência está mantida no 28 de outubro

Coordenador de Arrecadação da Secretaria da Fazenda, Sílvio Vianna, assassinado em 28 de outubro de 1996
Coordenador de Arrecadação da Secretaria da Fazenda, Sílvio Vianna, assassinado em 28 de outubro de 1996

O jornalista Ricardo Mota encerrou o comentário na sua coluna eletrônica “Ponto Crítico”, na sexta-feira, 27, na TV Pajuçara, perguntando se haveria alguém marcado para morrer no Dia do Funcionário Público – e havia; o dia 28 de outubro está definitivamente marcado em Alagoas pelos crimes complicados de serem apurados.

Foi no feriado do Dia do Funcionário Público que mataram o coordenador de Arrecadação Tributária Silvio Viana, e até o hoje o processo rola na Justiça sem que se saiba quando será proferida a sentença – e a demora é tanta que corre o risco de caducar, livrando os acusados da punição.

No feriado do dia 28 no ano passado mataram o fazendeiro Fernando Fidelis, envolvido em vários crimes e que estava preso sob a guarda do Estado – que não guardou nada, não sabe quem o matou nem porquê.

No feriado do Dia do Funcionário Público este ano a morte do policial civil Gilvan dos Santos não pode ficar fora da relação de crimes que caracterizam o dia 28 de outubro. Gilvan foi morto com 15 tiros de pistola 380 disparados à queima roupa, enquanto bebia no Bar da Mara, na Ponta da Terra, sábado à noite.

Gilvan era um policial problemático, mas seus colegas não sabem a quem atribuir o crime. Apontada como um dos pistoleiros que matou o líder comunitário conhecido como “Baré-Cola”, Gilvan teve o nome retirado da lista de suspeitos por falta de provas. A morte do líder comunitário teria sido encomendada pelo deputado Marcos Barbosa.

A única pista que a polícia tem leva a assassinato como “queima de arquivo”, mas não há provas; apenas se deduz pela característica do crime, a quantidade dos disparos e o local mirado pelo pistoleiro. De certeza mesmo é que o crime foi planejado por profissionais.

Primeiro passou a Blazer em marcha lenta, desviando a atenção de quem estava no Bar da Mara; em seguida a motocicleta e dela o carona que desceu sem retirar o capacete da cabeça e acertou o policial com quinze tiros. Tudo muito rápido; passava pouco das 19 horas. A Blazer e os dois motoqueiros sumiram na noite sem deixar pista.

A morte do policial pode reascender a briga interna na Polícia Civil, com dois grupos se enfrentando a bala; Gilvan pode ser mais uma baixa nessa rivalidade que já levou três policiais à morte – um jovem que dirigia o carro de um desses policiais acabou morrendo por engano.

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