MP pede tempo para divulgar relatório sobre precariedade de escolas públicas

Assessoria MPEscola em União dos Palmares não apresenta estrutura miníma

Escola em União dos Palmares não apresenta estrutura miníma

As escolas da rede estadual foram alvo de uma matéria exibida nesse domingo (9) no programa ‘Fantástico’, da Rede Globo. O programa retratou o abandono do ensino público no Brasil, com escolas sem água pótavel, banheiro e até sem sala de aula para os alunos.

O Ministério Público Estadual de Alagoas, por meio da promotora de Justiça da Fazenda Pública Cecília Carnaúba disse, na manhã desta segunda-feira (10), ter conhecimento das irregularidades denunciadas no programa e que há denúncias ainda mais graves do que aquelas que foram veiculadas na televisão.

“O que foi veiculado na televisão ainda é uma minoria, a realidade é ainda muito mais grave”, destaca. De acordo com a reportagem, cerca de 55 estudantes de uma escola de Joaquim Gomes saem de casa às 4h e utilizam um caminhão para se deslocar até a rodovia. Somente após esse percurso é que eles pegam um ônibus da prefeitura. O percurso dura entre 20 e 30 km. As salas de aula estão sucateadas e não há água potável.

Situação similar foi denunciada também em Palmeira dos Índios, na escola indígena Pajé Miguel Celestina. Por lá, o programa flagrou salas de aula improvisadas embaixo de uma mangueira.

“Há 10 anos que o Ministério Público acompanha essas administrações escolares, isso pra gente não é novidade. Dentro de poucos dias vamos apresentar os dados”, informou a promotora.

Além da precariedade na educação, o próprio MP sofre dificuldade na fiscalização para percorrer os municípios. O motivo seria a ausência de viaturas para realizar o trabalho de inspeção nas várias escolas que apresentam dificuldades em Alagoas.

A matéria veiculada nesse domingo investigou ainda a situação de escolas nos interior de Pernambuco e do Maranhão. Todas elas tiveram os piores índices no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) e que envolve 65 países. A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos.

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