Máfia do Lixo: erro suspende julgamento de Cícero Almeida no TJ

Alagoas24horasPleno suspende julgamento do processo da 'máfia do lixo'

Pleno suspende julgamento do processo da ‘máfia do lixo’

O Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas suspendeu na sessão desta terça-feira, dia 8, o julgamento do embargo de declaração oposto pelo ex-prefeito Cícero Almeida (PRTB) relativo ao processo que ficou conhecido como ‘máfia do lixo’, no qual o Ministério Público apontava irregularidades na administração de Almeida e apontava o ex-gestor e outras cinco pessoas como participantes de um esquema de enriquecimento ilícito a partir de contratos irregulares firmados entre a Prefeitura de Maceió e as empresas Limpel e Viva Ambiental, responsável pela coleta de lixo na capital.

Segundo informações da assessoria do TJ, o julgamento foi suspenso da pauta porque no processo não constava os nomes dos outros réus na ação penal proposta pelo MP. Não há previsão para o processo voltar à pauta.

Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, cuja ação foi subscrita pelo então procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, os cofres públicos teriam sido lesados em cerca de R$ 200 milhões, a partir dos contratos com as empresas de coleta. O suposto esquema foi denunciado em 2006 pelo vereador Marcos Alves, que já morreu.

Entre as irregularidades relatadas no processo está a de que a Limpel, uma das empresas contratadas, recebera pagamentos indevidos em virtude de diferença na pesagem dos caminhões de lixo na balança da Superintendência de Limpeza Urbana (Slum). Outra acusação é a de que a empresa Marquise, que realizou a coleta de lixo em Maceió até 2006, abandonou o serviço três meses antes do término do contrato, tendo recebido R$ 3 milhões indevidamente.

Em fevereiro, o relator do processo, desembargador José Carlos Malta Marques, votou pelo recebimento da denúncia oferecida pelo MPE e pronunciou os acusados Cícero Almeida, ex-prefeito de Maceió; João Vilela e Fernando Dakal, ex-secretários da Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum) e de Finanças, respectivamente; o dono da empresa Viva Ambiental, Luís Queirós e os sócios da Marquise, José Erisvaldo Arraes e José Carlos Pontes.

Malta Marques foi seguido em seu voto, integralmente, por outros cinco colegas: Eduardo Andrade, Alcides Andrade, Pedro Mendonça, Paulo Lima e Sebastião Costa Filho. Os magistrados Elizabeth Carvalho e Fernando Tourinho também acataram a denúncia contra os ex-gestores públicos, mas recusaram ação contra os empresários donos da Marquise. Já os desembargadores Tutmés Airan, Otávio Leão Praxedes e Edvaldo Bandeira Rios se averbaram suspeitos e não participaram da votação. Orlando Manso (que quis proferir seu voto antes de se aposentar), James Magalhães e Washington Luiz rejeitaram a denúncia. Portanto, a decisão do Tribunal pelo recebimento da denúncia foi de 8×3.

Fonte: Com MP/AL

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