Bombeiros alerta para perigo dos fogos

AssessoriaLojas de fogos de artifícios foram vistoriadas

Lojas de fogos de artifícios foram vistoriadas

Com a chegada das festividades juninas é comum o uso dos tradicionais fogos de artifício, principalmente no Nordeste, região reconhecida nacionalmente por possuir as melhores festas típicas deste período. Em Alagoas, essa tradição não é diferente, quando cada município monta seu palhoção e a população sai às ruas soltando desde os pequenos traques aos perigosos rojões. Por conta disso, o Comando do Corpo de Bombeiros alerta para os perigos e os cuidados que a população deve tomar no uso desse material altamente inflamável.

Dados da Gerência de Estatísticas da Defesa Social mostram que no mês de junho de 2008 foram registradas 34 ocorrências de incêndio em todo Estado, mas poucas relacionadas a fogos de artifícios. No entanto, durante o mesmo período foram registradas várias ocorrências de danos materiais e lesões corporais ocasionados pela explosão de bombas, como foi o caso da dona de casa Maria Margarida Nascimento da Silva, 42, da cidade de São José da Lage.

Na época, Maria Margarida contou que um jovem soltou fogos de artifício próximo ao local onde estava. Ela afirmou que o jovem não teve vontade de queimá-la, mas as faíscas provocadas pela pólvora dos fogos queimaram parte de suas pernas. Também no final do ano passado, uma fábrica de fogos de artifício no município de Ibateguara explodiu por falta de cuidados prévios.

Por conta desses e outros problemas, a Diretoria de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros aumentou a fiscalização na instalação de barracas especializadas nas vendas de fogos. Este ano, além das lojas que já funcionam com este tipo de material, apenas foi autorizada a comercialização de fogos de artifícios em dois pontos da capital: Praia da Avenida e no bairro do Barro Duro.

Mesmo assim, a autorização só é dada após apresentação e aprovação dos projetos enviados pelos comerciantes. Mas segundo o tenente-coronel Nilson de Albuquerque Vasconcelos, responsável pela Diretoria de Serviços Técnicos do CBMAL, o maior problema continua sendo os acidentes provocados pela má utilização dos fogos durante sua soltura.

“Acidentes com fogos podem ser evitados se as recomendações descritas nas embalagens forem seguidas; por isso a leitura das instruções deve ser feita antes de soltar qualquer tipo de fogos”, informou o oficial.

O tenente-coronel Nilson Vasconcelos explica que o uso incorreto pode ocasionar queimaduras no corpo, provocar cegueira, mutilação dos membros superiores (dedos, mãos e braços) de quem estiver soltando e de quem estiver por perto.

Ao lembrar que as crianças continuam sendo as maiores vítimas de acidentes com fogos de artifícios, Nilson Vasconcelos aconselha que os pais devem manter cuidado redobrado com os filhos e não permitir que eles comprem, soltem e até mesmo fiquem por perto de fogos de artifício. “Deixar caixas de fósforos ou isqueiros ao alcance das crianças também pode ser uma grande imprudência, porque a atração que o fogo exerce sobre as crianças pode ter conseqüência desastrosa”, alertou.

Segundo ele, os pais só devem permitir que crianças soltem fogos de acordo com sua idade, que são os chamados “traques” e “estalo de bebé”. “Nunca se deve deixar que as crianças estourem bombas em baixo de latas vazias, os estilhaços podem causas grandes estragos a quem tiver próximo. Os pais também não devem deixar que a criança acenda uma fogueira com álcool”, ressalta.

O oficial também faz um alerta aos adultos durante a compra de alguns tipos de fogos. “O busca-pé, por exemplo, é um tipo de fogo de artifício que quando solto se arrasta em alta velocidade sem direção certa, podendo atingir e queimar várias pessoas ao mesmo tempo”, explicou, aconselhando ainda que uma pessoa embriagada deve evitar soltar algum tipo de bomba.

Balões – Outro grave problema, de acordo com o militar, são as solturas de balões durante o período junino, que quando solto pode causar muita destruição ao cair aceso em florestas, residências e indústrias. O fogo geralmente provoca incêndio na área em que o balão cai, trazendo prejuízos materiais, ameaça ao meio ambiente e até mesmo colocando a vida das pessoas em risco.

Os balões também causam problemas para a aviação, principalmente às pequenas aeronaves. Pouca gente sabe, mas fabricar, vender, transportar e soltar balões é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais, Lei Nº 9.065. Quem for pego em flagrante pode ser preso e obter uma pena de um a três anos ou pagar uma multa.

No site do corpo de bombeiro — www.cbm.al.gov.br – , a população tem acesso dos principais cuidados que se deve ter em relação ao uso de fogos de artifício e da soltura dos balões. Caso mesmo assim acontecer algum acidente, a população tem à sua disposição o telefone de urgência do Corpo de Bombeiros – 193.

Fonte: Agência Alagoas

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