Hopi Hari: trava de cadeira foi alterada um dia antes, diz polícia

Chave que mantinha o assento foi modificada durante manutenção.

Reprodução EPTVDelegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior

Delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior

O laudo do Instituto de Criminalística (IC) de Campinas (SP) entregue nesta sexta-feira (13) concluiu que a cadeira inoperante onde Gabriela Nichimura sentou-se antes de cair do brinquedo “La Tour Eiffel” foi alterada um dia antes do acidente. Uma chave que mantinha o assento impossibilitado de ser utilizado foi modificada durante uma manutenção, segundo o delegado titular de Vinhedo (SP), Álvaro Santucci Noventa Junior.

“Eles pretendiam colocar em funcionamento uma sessão que estava parada utilizando uma peça, um articulador, dessa cadeira inoperante da sessão três. Aí é que está o grande problema, houve uma negligência no momento em que eles trabalhavam nessa cadeira, no sentido de fechar essa chave e mantê-la sempre fechada como estava até a data do acidente”, disse o delegado.

Outro problema apontado pelo laudo foi a falta de aviso sonoro e visual de que o assento onde Gabriela é inativo, já que há pelo menos dez anos não era usado. "O perito concluiu que a cadeira inoperante estava sem duas bobinas e com apenas um pistão atrás do assento. A finalidade desse pistão é manter a trava fechada", afirmou o delegado.

Falha ao não travar chave

De acordo com Noventa Junior, os técnicos mecânicos e elétricos que trabalharam no brinquedo um dia antes da morte da garota deveriam ter travado novamente a chave. Ainda segundo ele, o problema foi informado pelos funcionários que trabalhavam no brinquedo. "No dia do acidente houve um relato de que o assento estava com folga, um dos operadores notou. Ele acionou o superior e avisou. A notícia é que eles iriam encaminhar um técnico da manutenção para verificar o problema, no entanto era para continuar dar prosseguimento à atração", comentou.

Ele informou que deve apontar os indiciados até quarta-feira da próxima semana e que será por homicídio culposo. "Cada um teve sua responsabilidade e contribuiu para que a Gabriela viesse a óbito", concluiu.

A assessoria do Hopi Hari informou que não tem informações do laudo do IC e por isso não comentará o assunto.

Investigações

A polícia iniciou as investigações do caso apontando que a adolescente teria sentado em uma cadeira diferente da que estava realmente. Durante as apurações, uma foto apresentada pelo advogado da família de Gabriela, Ademar Gomes, cinco dias após o início do trabalho da Polícia Civil, mudou o rumo do inquérito. Além disso, a polícia constatou que o assento usado pela garota estava inativo há pelo menos dez anos e que não possuía o sistema de segurança adequado.

Fonte: G1

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